Nesse processo, é comum que surjam questões ligadas aos nossos laços mais profundos: como amamos, como nos colocamos diante do outro, e como fomos ou não amados. A psicanálise olha para essas conexões com cuidado, reconhecendo que o sofrimento muitas vezes não está só no presente, mas em histórias que se repetem e que passam de geração em geração.

Dois conceitos essenciais guiam o trabalho: transferência e contratransferência. A transferência é quando o paciente, sem perceber, projeta no analista sentimentos e vivências de relações passadas. Já a contratransferência é a resposta emocional do analista, que também é analisada como parte do compromisso ético com o tratamento. Esses movimentos, longe de serem problemas, são parte importante da terapia e revelam aspectos cruciais da escuta e do vínculo terapêutico.